Tenho evitado essa linhas, tenho evitado existir, tem sido um fardo.

Tem sido um fardo que não carrego só, tem isso um fado que compartilho

principalmente com meus amigos.

Porque eu passei metade do ano querendo morrer, metade querendo desistir,

metade sendo ingrato.

Nessa minha pior fase psicológica da qual achei que nunca teria como voltar

( por contextos passados) percebi que tenho isso de ingrato.

Eu tenho os melhores amigos que alguém como eu nunca seria merecedor,

tenho os melhores familiares que nunca me abandonaram,

tenho  a melhor filha que nunca imaginei ter nessa vida. Conheci pessoas

extraordinárias e continuo conhecendo. Muitas vezes me vejo encarando fatidicamente que não pertenço a esse mundo, esse sistema, mas se for para estar com vocês,

valho o sacrifício, e enquanto isso fazer o possível para estreitar os pesares.

Só tenha a agradecer, por todos

que voltaram por mim, quando eu tentei me matar,

por todos que sempre fizeram piadas sobre minha existência esdrúxula, por

todos que riram, debocharam, aplaudiram, tiraram sarro, me passaram a perna,

e principalmente, aos que vingaram e continuam vingando todo dia.

Tenho uma pretensão avassaladora guardado no peito, para o momento oportuno,

tenho matado cotidianamente todo o ego possível e toda injustiça possível, a minha

existência está encaminha aos valores da verdadeira magia,

do verdadeiro amor. Com amor, o que resta de coragem e ação.

Morrer por uma covardia alheia é apenas um detalhe sórdido de uma trama inacabada. espero que

se encontrem todos bem e alinhados com suas verdadeiras naturezas,

mutáveis, ou não, que a desgraça da vida esteja conosco, urubus contemporâneos

distante das revoadas, lobos fora de rebanhos, formadores de um quilombo dos esquisitos,

vingança dos muitos tipos de verdadeiros excluídos,

a representação da resistência do ser, sigamos.